OBJETIVO DO LIVRO DE JONAS
Seu objetivo histórico e duradouro era declarar a universalidade tanto do julgamento quanto da graça divina. Deus julga a iniquidade em todas as esferas e, do mesmo modo, reage ao arrependimento de todas as nações. A história também retrata a verdade de que, quando o povo de Deus deixa de ter interesse pelos perdidos, perde a visão do objetivo e programa divinos do mundo.
O LIVRO DA MISERICÓRDIA UNIVERSAL DE DEUS (4:11)
Nenhum outro livro do Antigo Testamento ensina de maneira tão enfática a extensão da misericórdia divina às nações gentias. Essa perspectiva mundial da missão de Israel foi observada anteriormente por Josué e Salomão (Josué 4:24; 1 Reis 8:43, 60), mas tem sido muitas e muitas vezes esquecida pela nação no decurso das suas muitas apostasias. Nesse ponto central da história, Jonas foi usado para conclamar a nação a refletir sobre o programa divino do julgamento universal dos malfeitores e sua oferta universal de misericórdia para o arrependimento e fé. Frederick Faber, Voice of Thanksgiving Hymnal (Hinário de Ação de Graças), expressou o seguinte: “Pois o amor divino excede a mente humana, e o coração do Eterno Deus é de uma bondade surpreendente.”
CRISTOLOGIA DE JONAS
A ênfase central de Jonas na misericórdia divina estendida a todas as raças é exemplificada, de maneira maravilhosa, no ministério de Jesus. Ele chamou todas as pessoas ao arrependimento, vindo como “luz para alumiar as nações, e para glória de teu povo Israel” (Lucas 2:32). Após sua ressurreição, Jesus enviou os Doze para fazer “discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19). A relação cristológica mais específica do livro, porém, é a experiência de Jonas no grande peixe como o antítipo de Cristo (Mateus 12:40). Foi Jonas o único profeta indicado por Jesus como antítipo dele próprio. Do mesmo modo que Jonas esteve no ventre do peixe (lugar de morte) durante três dias e três noites, assim o Filho do Homem esteve no coração da terra. “Dia e noite” era uma expressão hebraica para qualquer parte de um dia. Como um antítipo tem apenas um ponto de analogia (como uma parábola), do mesmo modo Jonas tipificou Cristo apenas em um ponto, sua experiência no abismo da morte por um período de tempo (João 11:17, 39). Jesus usou a experiência de Jonas para tipificar a maior verdade bíblica: sua própria ressurreição dentre os mortos.
—– Retirado de: Stanley Ellisen – Conheça Melhor o Antigo Testamento.
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- • Tipos de Cristo em Levítico
- • Tipos de Cristo em Números
- • Profecia Messiânica em Deuteronômio
- • Encontrando Jesus no livro de Josué
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