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O Pior Tipo de Gente

Por Lucas Rosalem.

Quantas vezes você já leu as cartas de João? Você sabe dizer qual é o assunto delas? Isso não deveria ser difícil, ao menos para a segunda e a terceira, já que elas têm apenas 1 pequeno capítulo cada e compartilham basicamente do mesmo assunto.

Nas duas cartas, João elogia irmãos específicos por estarem “andando na verdade” e comenta a consequência da verdadeira conversão: o amor ao próximo (que na segunda carta é dito e na terceira é exemplificado). Um exemplo que aparece nas duas cartas é a hospitalidade, mas é neste ponto também que as duas cartas diferem bastante.

Na segunda carta, João faz coro com a primeira, onde ele fala do amor cristão como consequência da salvação e alerta os irmãos a rejeitarem falsos pastores que pregam sob o “espírito do anticristo” ao negar ter como centro de suas mensagens o Evangelho do Cristo, o Deus encarnado e crucificado para perdão de pecados. João diz algo muito forte: os verdadeiros cristãos não terão nenhum tipo de comunhão com os falsos pastores, nem mesmo sendo gentis em hospedá-los.

Na terceira carta, João está tratando de um assunto muito semelhante e cita a hospitalidade cristã. Veja a primeira parte:

“Amado, você é fiel quando cuida dos irmãos que passam por aí, embora não os conheça. Eles falaram à igreja daqui a respeito de sua amizade afetuosa. Peço que continue a suprir as necessidades deles de modo agradável a Deus. Pois eles viajam a serviço do Senhor e não aceitam coisa alguma dos que são de fora.

Assim, nós mesmos devemos sustentá-los, a fim de nos tornarmos seus cooperadores quando eles ensinarem a verdade” (5-8).

Parece bastante óbvio que isso deveria ser feito pelos cristãos, não é? Mas veja como João continua os próximos versos:

“Escrevi à igreja sobre isso, mas Diótrefes, que gosta de ser o mais importante, se recusa a receber-nos. Quando eu for, relatarei algumas das coisas que ele tem feito, bem como suas acusações maldosas contra nós. Ele não apenas se recusa a acolher os irmãos, mas também impede outros de ajudá-los. E, quando o fazem, ele os expulsa da igreja (9-10).

Isso é tudo que João diz sobre o caso de Diótrefes.

A única acusação contra esse homem está nesses pecados maldosos contra os irmãos e que merecem repreensão, correção e disciplina por parte da própria comunidade de fé. Mas João não diz se esse homem era um falso crente ou estava apenas sendo estupidamente pecaminoso (o que pode acontecer conosco!).

Perceba que, diferente do que ele diz sobre os falsos pastores, não há nesse homem o “espírito do anticristo”. Mesmo com um caso tão lamentável como o de Diótrefes, a Bíblia não o coloca no nível mais baixo de todos de imoralidade e perigo, que é reservado aos falsos pastores que distorcem a mensagem da salvação.

Para não esticar mais este texto, segue uma das formas mais fáceis para você detectar um falso pastor e nunca mais segui-lo: pesquise se em algum momento ele explica sobre a morte literalmente substitutiva de Cristo que, definitivamente, serviu para pagar de uma vez por todas todos os nossos pecados, passados e futuros, nos reconciliando com Deus. Este é o centro da Boa Nova de Cristo. Puxe na memória ou pesquise se o seu pastor favorito prega salvação pela fé somente ou pelo “compromisso com Deus”, salvação pela obediência ou imitação de Jesus. Apenas faça isso.

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