Nos últimos anos, os cristãos começaram a discutir publicamente vários assuntos que, antes, a maioria não se interessava ou nem sequer conhecia e cujas opiniões ficavam restritas à vida privada ou à fala dos profissionais da área. Assuntos como liberdade de expressão, imigração, marxismo cultural, globalismo e vários outros temas relacionados, tudo pelo mesmo motivo: a movimentação política do país – ou melhor, a ameaça estatal.
As igrejas começaram a perceber que precisavam se unir e se mobilizar por coisas importantes demais para ficarem nas mãos dos políticos. Assim, aquilo que parecia “secular demais” se tornou comum no dia a dia dos cristãos brasileiros que, além de estarem cada vez mais interessados, estão também cada vez mais participando do cenário político.
Porém, diferente do que as igrejas imaginavam, isso não as uniu mais, não as tornou mais livres e fortes, não facilitou o avanço do Evangelho, nem tornou os cristãos mais socialmente responsáveis. Ao contrário, o engajamento político produziu arrogância, insensibilidade, limitações, rupturas e escândalos.
Talvez já esteja mesmo na hora da igreja brasileira acordar para tantos assuntos sociais importantes e se posicionar na esfera pública a respeito deles. Mas não é preciso se esforçar muito para perceber que a falta de uma orientação mínima tem causado mais mal do que bem na teologia pública dos cristãos.
Por teologia pública, estou me referindo à forma como devemos apresentar ao mundo as perspectivas cristãs que dizem respeito à vida social. Em outras palavras, a teologia pública é a “educação” do cristão com relação a como ele declara publicamente o ponto de vista cristão/bíblico sobre aquilo que é verdadeiro e justo, que diz respeito não só à comunidade cristã, mas a todo cidadão.
No momento, sem uma boa teologia pública, o discurso cristão tem causado mais prejuízo do que benefício à igreja e aos cidadãos brasileiros, todos tão afetados pelas artimanhas políticas do país. Sem uma teologia pública inteligente e bem desenvolvida, a igreja jamais conseguirá legitimar suas ideias na esfera pública, especialmente com a atual aproximação política.
Reconhecemos também que as diferentes correntes cristãs têm dificuldades particulares para instruir seus membros sobre a forma como a teologia cristã deve se relacionar com a cultura. Esse é mais um motivo pelo qual se faz extremamente necessário discutirmos sobre como o tema da cidadania deve ser tratado à luz da Palavra de Deus.
Precisamos nos posicionar? Sim! Mas precisamos melhorar a forma como expomos aquelas nossas preocupações voltadas para dentro da igreja, mas também aquelas que vão para além dela. Uma boa compreensão de teologia pública nos levará a posicionamentos muito melhores para entendermos o lugar da política na vida dos cristãos e da igreja.
A Igreja deve entrar na política? Por que tantos cristãos se corrompem na política? É correto que o cristão se manifeste partidariamente? Por que há cristãos de direita e de esquerda? Como os cristãos devem se portar e se posicionar com relação às pautas morais, sociais e econômicas? Até onde deve ir a nossa esperança na política? Por fim: como seria a presença fiel do cristão na sociedade?
Apesar de fundamentais, essas questões, muitas vezes, nem sequer passam pela mente de cristãos que prontamente adentram discussões intermináveis sobre assuntos políticos nas redes sociais. Estamos em busca de uma teologia pública coerente.
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