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E se eu pecar bem na hora que Jesus voltar?

Por Lucas Rosalem.

É curioso como alguns crentes mesmo assumindo que a salvação é pela fé, e não pela obediência, confiam mais na confissão do pecado, vez a pós vez, do que na promessa de salvação pela fé somente.

Se não somos salvos pelas obras, ou seja, pelas coisas que fazemos – nossas boas atitudes, nossa perseverança em Deus, nossa luta contra o pecado e contra a carne ou pelo nosso esforço em amar o próximo – então, por que devemos fazer essas coisas? Essa é uma boa pergunta.

Veja bem, quem tem a fé verdadeira não leva uma vida devassa. O verdadeiro arrependimento consiste em mudança de conduta – e isso não é imediato, mas progressivo. Nós continuamos pecadores. Cristo foi o único sem pecados e o único que conseguiu cumprir os mandamentos sem falhar. Nesse sentido, ninguém consegue imitar a Cristo. Tentar imitar Jesus nos prova, a cada dia, como somos pecadores.

Você compreende isso?

“Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1Jo 1:10).

Lembro-me de um momento na minha infância em que tive medo depois de pensar muito sobre a certeza da salvação, que me levou a perguntar ao meu pai o que aconteceria se eu tivesse cometido pecado segundos antes da volta de Cristo sem que tivesse tempo de pedir perdão.

Meu pai me explicou o básico do Evangelho: a expiação!

Infelizmente, nem isso (que é o básico) é explicado em inúmeras igrejas evangélicas (se é que podemos chamar de “evangélicas” mesmo não ensinando o Evangelho, não é?).

Expiar significa cobrir por cima, esconder, encobrir, não deixar visível. Esse é o efeito da morte de Cristo pela sua Igreja! Quando Deus olha para seus filhos, não vê mais seus pecados, pois o sangue de Cristo derramado os cobre; Deus agora não vê nossas obras mal feitas, mas as obras perfeitas de Cristo, em substituição pelas nossas.

Eis aí é a mensagem do Evangelho!

Se os próprios crentes lessem mais o livro que eles mesmos chamam de Sagrado, encontrariam inúmeras explicações claras da segurança da salvação. Uma delas está também na primeira carta de João:

“Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, contudo, alguém pecar, temos um advogado que defende nossa causa diante do Pai: Jesus Cristo, aquele que é justo” (1Jo 2:1).

Obviamente, quem é salvo se arrepende dos pecados que comete, teme e ama a Deus, e busca se tornar parecido com Cristo, ou seja, busca a santidade. Contudo, nossa confiança não está em conseguirmos ser santos o suficiente. Nós confiamos na santidade de Cristo em lugar da nossa. Deus nos aceita em Cristo, pelas obras perfeitas feitas por Ele.

É nesta a mensagem que você precisa se agarrar. E é ela que você precisa propagar.

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