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Seu Pastor Conhece a Bíblia?

Todas as palavras de Jesus chamam sobremodo minha atenção, e evidente que não poderia ser doutra forma. Portanto, pelo menos para mim é impossível que ele não impressione com sua sabedoria. Todavia, especialmente uma dessas falas me impõe maior responsabilidade diante daquilo que sei e preciso saber, tanto quanto impôs aos seus ouvintes originais. “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mateus 22:29) fala de maneira muito particular sobre a razão da maioria de nossos dilemas e inquietudes.

Nosso desafio em um mundo não apenas plural, mas pluralista, é discernir os apelos de mensagens que norteiam extremos objetivamente opostos. Enquanto uns enfatizam apenas o aspecto do poder e do miraculoso, Jesus nos demonstra que o poder divino deita raízes no solo do conhecimento abrangente das Escrituras Sagradas. Não há como dissociar ambas as realidades. Poder sem conhecimento é força irracional sem arreios, arrogância embriagada desprovida de qualquer sentido para quem tem prazer nas benfazejas operações do Espírito.

Particularmente, o contexto da passagem citado acima demonstra de maneira muito clara que os saduceus mantinham um conhecimento superficial das Escrituras; e em razão disto zombavam da ressurreição mencionada por Jesus. Nosso Senhor demonstra que ao negarem aquela realidade, os saduceus anunciavam sua absoluta descrença no poder de Deus, bem como denunciavam as origens desta; em resumo, aquela incredulidade conectava-se indissociavelmente ao desconhecimento da Palavra revelada (Lucas 20:37-38). Neste sentido, muitos erros têm prosperado em nossas comunidades por que ignoramos a verdade que transpira da Palavra de Deus. Tomando como exemplo o materialismo da teologia da prosperidade que ilude almas vazias pela cobiça demoníaca, bem como se vale da negligência de verdades supremas (Mateus 6.19, 21,24-34; Lucas 12.13-20; et al). Outro exemplo lamentável, expressa-se na experiência de uma vida cristã desregrada e irresponsável que ignora a segunda vinda do Senhor (Mateus 24.33; 2 Pedro 3, et al). O fato é que tais erros surgem a partir de um hiato que tem como causa, via de regra, a superficialidade hermenêutica.

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