(.) Cristãos coerentes com as Escrituras não acreditam que palavras tenham poder místico (ou mágico). O único com poder é Deus.
Nossas palavras podem surtir algum efeito, por exemplo, quando ofendemos alguém, mas também poder (e devem!) ser recusadas. E isso prova que elas não têm poder algum.
Quem dá ouvidos a ofensas escolhe ser afetado. É por isso que, por exemplo, a ofensa não deveria jamais ser criminalizada: porque ninguém precisa se ofender com nada. Quem se ofende é mais tolo do que quem tenta ofender.
Alguém pode querer te ofender, mas nós é que escolheremos se iremos ou não nos ofender. Palavras não ofendem, pessoas é que tentam ofender.
QUEM FAZ A VÍTIMA DA OFENSA?
Pense bem e amadureça.
Sentir-se vítima de ofensa nada mais é do que imaturidade. Eu posso chamar você de qualquer coisa e você pode escolher se ofender ou me achar infantil. Você pode até mesmo rir do meu xingamento, mas pode escolher ser ainda mais infantil que eu e ficar ofendido.
Por isso, a culpa pela ofensa é também de quem se ofende, primeiro por dar ouvidos a algo infantil, segundo, por escolher causar dano permanente a si mesmo, sofrendo por algo sem sentido.
É IMPOSSÍVEL IGNORAR OFENSAS?
Não é impossível ignorar qualquer tipo de ofensa. Pode não ser fácil, mas aí mora a consequência do Fruto do Espírito. Cristãos não têm sangue de barata, mas se eles têm o Espírito, “dar a outra face” deveria ser normal.
“Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam” – Isaías 50:6.
“A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas” – Provérbios 19:11.
“O insensato revela de imediato o seu aborrecimento, mas o homem prudente ignora o insulto” – Provérbios 12:16.
Dependendo da intenção do ofensor, nós sentimos que precisamos nos manifestar, mesmo que não sintamos nenhuma raiva no momento. Acho esse tipo de coisa muito válida. Isso não significa que de fato nos ofendemos, mas que a pessoa que tentou ofender merece ser punida.
Isso mostra maturidade e é muito diferente da tendência desta nossa cultura dos ofendidinhos.