A patrística e toda a tradição cristã sempre tentaram definir a própria pessoa de Jesus a partir do conteúdo da salvação que ele trouxe. Porque a salvação vem de Deus, o próprio Salvador foi chamado de divino, e concluiu-se que Jesus é uma pessoa divina. O que orientou essa ideia é o princípio de que deve haver pelo menos uma relação significante, interna e real, entre a pessoa de Jesus e a salvação que ele trouxe de Deus. Isso me parece certo; é claramente sugerido pelos evangelhos, vendo Jesus como a dádiva salvífica, escatológica, de Deus. Nesse caso, é o caráter definitivo, ou seja, escatológico da salvação trazida, que afinal nos há de dizer algo sobre a própria pessoa do Salvador, e não os pressupostos gregos desse princípio patrístico (Edward Schillebeeckx).
Jesus é Deus


Artigos relacionados
SALVAÇÃO, AQUI E AGORA
“Os evangelhos deixam claro que uma ‘salvação’ que não se manifestasse aqui e agora, em seres humanos muito concretos, não…
Pai e Filho pela libertação da humanidade
A experiência do Pai foi em Jesus uma experiência de um poder que liberta e ama a humanidade. Contra o…
Cristo nos livros de Esdras e Neemias
CENÁRIO RELIGIOSO Internacionalmente, um novo clima religioso foi introduzido pelos persas. Os decretos de Ciro e Dario surgiram parcial; mente…
A Cristologia do Profeta Jeremias
OBJETIVO DO LIVRO DE JEREMIAS O objetivo dessa longa profecia (maior que a do próprio Isaías) foi registrar as admoestações…
Cristologia em Jonas
OBJETIVO DO LIVRO DE JONAS Seu objetivo histórico e duradouro era declarar a universalidade tanto do julgamento quanto da graça…
Jesus ensina que salvará quem fizer por merecer?
O mesmo rompimento com a ideia legalista do “pagamento conforme o resultado” aparece na parábola socialmente chocante sobre os “trabalhadores…