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A Doutrina da Inspiração

A Doutrina da Inspiração

A doutrina da inspiração bíblica baseia-se no fato de que o mesmo Deus que se revelou à humanidade planejou o registro das verdades reveladas e, por consequência lógica, escolheu e inspirou escritores para que o registro fosse sem condizente com o teor desse trabalho. O fato de homens terem escrito sob inspiração não se refere a eles terem se tornado perfeitos, nem ouvido citação direta nos ouvidos ou dentro da mente o texto, tampouco terem psicografado o material. Antes, movidos pelo Espírito Santo, homens comuns tanto falaram quanto escreveram da parte de Deus para o seu povo da maneira como deveria ser. Sendo apenas Deus perfeito, Ele usou o que tinha à sua disposição.

Os escritores bíblicos sabiam que seus registros eram especificamente necessários para a direção espiritual do povo de Deus (1Jo 1:3-4; 2Pe 1:19). Lendo Hebreus, por exemplo, vemos que o autor deixa claro que sabia que aquilo que estava fazendo era justamente registrar essa última etapa da Revelação Especial (Hb 1:1-2). Os escritores bíblicos também sabiam que tudo o que estavam registrando tinha que ser levado muito a sério pela Igreja, pois era o próprio Deus que estava guiando os registros (2Tm 3:16; 2Pe 1:20-21; 1Ts 2:13).

A Escritura Sagrada que temos conosco não é o resultado de nenhuma interpretação ou especulação humana; é produto da ação do Espírito de Deus sobre seus autores. Eles não tomaram sua própria ideia para interpretar a revelação divina, mas tomaram a revelação divina e, sob a ação do Espírito, registraram o que receberam. Pedro diz que “nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação”. Literalmente, essa expressão significa: “toda profecia da Escritura não veio à existência por sua própria interpretação”.  (CAMPOS, Eu Sou: Doutrina da Revelação Verbal, 2017, p. 201).

O texto mais usado para falar da inspiração da Bíblia é 2Timóteo 3:16. É claro que quando Paulo diz “toda a escritura é inspirada”, isso poderia muito bem se tratar apenas do Antigo Testamento, como mostra o contexto da passagem. Até porque, quando ele escreveu isso, a Revelação Escrita ainda não estava completa. Porém, essa foi a última carta do apóstolo Paulo, quando também três dos evangelhos já haviam sido registrados. Sabe por que isso é importante? Porque, como você já sabe, a essa altura Paulo já havia citado o evangelho de Lucas como “Escritura”, sendo esse termo usado somente para se referir à Palavra de Deus. Paulo estava plenamente consciente de que o evangelho de Lucas estava em pé de igualdade com o Antigo Testamento. Ele sabia que o texto era parte da Escritura (cf. 1Tm 5:18; Lc 10:7).

Quando o assunto é a inspiração das Escrituras, o primeiro fato importante é Deus, desde o início dos tempos, ter programado todo esse plano que chamamos de Redenção. E por quê? Ora, se entendermos que Deus é onipotente e que o pecado de Adão não pegou a Trindade de surpresa, então é muito simples presumir que a forma como Deus entregaria e preservaria a revelação seria obviamente infalível. A segunda coisa é que desde o início o Espírito Santo foi quem separou, chamou e capacitou pessoas para toda a sua obra.

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A inspiração do Espírito Santo.

Além desse exemplo, podemos nos lembrar de como Saul, e depois Davi, foram também tomados pelo Espírito de Deus para poderem exercer fielmente o papel de liderança de Israel, sem que isso significasse que eles haviam se tornado perfeitos ou até mesmo salvos (1Sm 16:13-14). Eis aí não só a forma como Deus em toda a história humana conteve as nossas imperfeições para se fazer conhecido. Essa é a importância que Deus dá e o capricho que Ele tem com a sua revelação e o seu povo.

Os escritores sabiam que esses registros eram especificamente necessários para a direção espiritual do povo de Deus (1João 1:3-4; 2Pedro 1:19). Lendo Hebreus, por exemplo, você vê que ele deixa claro que sabia que aquilo que ele estava fazendo era justamente registrar essa última etapa da Revelação Especial (Hebreus 1:1-2). Os escritores bíblicos também sabiam que tudo o que estavam registrando tinha que ser levado muito a sério pela Igreja, pois era o próprio Deus que estava guiando os registros (2Timóteo 3:16; 2Pedro 1:20-21; 1 Tessalonicenses 2:13).

É claro que em 2Tm 3:16, quando Paulo diz “toda a escritura é inspirada”, ele podia muito bem estar pensando só no AT. Até porque, quando ele escreveu isso, a Revelação Escrita ainda não estava completa. Porém, essa foi a última carta do apóstolo Paulo, quando também três dos evangelhos já haviam sido registrados. Sabe por que isso é importante? Porque Paulo chegou a citar uma do evangelho de Lucas chamando o texto de “Escritura”, sendo que esse termo era usado somente pra se referir à Palavra de Deus (1Timóteo 5:18 • Lucas 10:7). Entende o que isso significa?

Paulo estava plenamente consciente de que o evangelho de Lucas estava em pé de igualdade com o AT. Ele sabia que o texto do NT era parte da Escritura.

Por fim, é preciso admitir o óbvio: toda a Bíblia afirma a si mesma como Palavra de Deus.

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Infográfico – A doutrina da inspiração das Escrituras

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