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A abolição dos sacerdotes

a abolição dos sacerdotes

Por Lucas Rosalem.

O capítulo 5 de Hebreus faz uma comparação impressionante a qualquer judeu, entre Jesus e o sumo sacerdote do antigo sistema de Israel. Leia com atenção a descrição da figura comparada a Cristo:

“Todo sumo sacerdote é um homem escolhido para representar outras pessoas nas coisas referentes a Deus. Ele apresenta ofertas e sacrifícios pelos pecados e é capaz de tratar com bondade os ignorantes e os que se desviam, pois está sujeito às mesmas fraquezas” (v.1-2).

Percebe como era importante na Antiga Aliança a figura dos sacerdotes e, em especial, do sumo sacerdote? Na tradição de Israel, os sacerdotes faziam todos os serviços no tabernáculo e, depois, no templo. O principal deles era o sumo sacerdote, o único que coordenava os cultos e oferecia os sacrifícios pelos pecados do povo. Por isso, o sumo sacerdote representava uma ponte entre Deus e o povo.

O problema era que mesmo o sumo sacerdote era extremamente limitado. Afinal, tratava-se apenas de uma pessoa comum, apenas com uma função diferente. Obviamente, sendo humano e também cheio de falhas, o sumo sacerdote na verdade servia como símbolo de algo que acontecia espiritualmente.

Claro, pois os sacrifícios oferecidos por ele não podiam pagar pelos pecados do povo. “Pois é impossível que o sangue de touros e bodes remova pecados” (Hb 10:4). Mas o item mais interessante da comparação com Jesus está em Hebreus 5. Veja os versos abaixo:

“É por isso que precisa oferecer sacrifícios pelos próprios pecados, bem como pelos pecados do povo” (5:1-3).

O pobre sumo sacerdote não era eficiente nem para ele mesmo. Além de ter que oferecer sacrifícios pelos seus próprios pecados, esses sacrifícios eram contínuos. Ou seja, eles não podiam parar de acontecer. Havia um esforço contínuo no sistema sacerdotal em relacionar os pecados do povo com a ponte feita pelo sumo sacerdote que, ao oferecer os sacrifícios, simbolizava o perdão dos pecados do povo.

O que muda com Jesus?

“Com isso, foi capacitado para ser o Sumo Sacerdote perfeito e tornou-se a fonte de salvação eterna para todos que lhe obedecem” (v.9).

Cristo simplesmente aboliu a função contínua do sumo sacerdote por ter Ele mesmo feito uma função muito superior e, ainda por cima, definitiva! Cristo foi quem fez o verdadeiro trabalho sacerdotal que era apenas ilustrado pelo sistema antigo. E Ele não ofereceu animais em sacrifício, mas a si mesmo, o Filho Eterno da relação Trinitária. Isso foi o que tornou possível que em um único sacrifício perfeito fossem perdoados todos os pecados desde Adão, passando por cada salvo desde a Antiga Aliança até a última pessoa que será salva.

Como isso é imputado a nós? Pela fé!

É por isso que tantas e tantas vezes a carta aos Hebreus enfatiza o problema da incredulidade. Se serão salvos apenas os que creem, estão perdidos todos os que não creem.

Eis o motivo pelo qual nós devemos anunciar essa mensagem, a mensagem do que Cristo fez com sua vida, morte e ressurreição por nós em relação ao Pai!

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