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O TABERNÁCULO HEBRAICO

O tabernáculo propicia um exemplo claro de coexistência do simbólico e do típico em uma das principais instituições da religião do Antigo Testamento. Ele incorpora a ideia eminentemente religiosa da habitação de Deus com seu povo. Ele expressa isso simbolicamente, até onde isso diz respeito à religião do Antigo Testamento, e tipicamente quanto à materialização final da salvação no estado cristão. O tabernáculo é, por assim dizer, uma teocracia concentrada. O seu propósito principal, que é o de concretizar a habitação de Yahweh, é afirmado várias vezes [Ex 25.8; 29.44,45]. Ele deriva seu nome principal disso, ou seja, mishkan, “lugar de habitação”. As versões inglesas traduzem isso bem especificamente, em dependência da Septuaginta e da Vulgata, como “tabernáculo”. Mas “tabernáculo” significa “tenda”. Toda tenda é um mishkan, mas nem todo mishkan é uma tenda. Para “tenda” há outra palavra em hebraico: ‘ohel.

A habitação de Deus numa casa não deve ser, e nunca foi, concebida, como Spencer entenderia, com base na ideia primitiva de que a deidade precisa de conforto e abrigo. Mesmo com relação aos santuários do paganismo, dificilmente esse teria sido o conceito original. Um santuário é sempre, e em todo lugar, um lugar estabelecido e indicado para o trato entre um deus e seus adoradores. Se os israelitas tivessem associado com o seu mishkan um conceito tão baixo sobre a deidade, então dificilmente eles falhariam em introduzir no mishkan alguma imagem de Deus, pois um deus que se concebe fisicamente como necessitado de abrigo não pode ser concebido sem um corpo. Nas passagens citadas, é declarado claramente que não é por causa de uma necessidade que Deus tenha para si mesmo, mas por uma necessidade criada por sua relação com Israel é que ela é servida pelo estabelecimento do tabernáculo.

O tabernáculo não simboliza o que Yahweh é em seu ser geral e suas operações. Por conseguinte, ele também não circunscreve ou limita Deus. O modo pelo qual ele deve ser entendido se torna claro quando se leva em conta o sentido metafórico que o verbo “habitar” tem frequentemente. Ele significa associação de intimidade [Gn 30.20; SI 5.4; Pv 8.12]. A habitação com seu povo é para satisfazer o desejo que Deus tem de uma identificação mútua quanto à sorte entre ele e eles. Entendido dessa maneira, o conceito nos ajuda a sentir algo do calor e afeições centradas em Deus, e do lado de Deus, o interesse pela busca do homem na religião do Antigo Testamento.

Em razão de que a identificação da sorte é a ideia subjacente, podemos entender que a forma escolhida para o mishkan divino deveria ser um ‘ohel, uma tenda. Pois, uma vez que os israelitas viviam em tendas, a ideia de Deus identificar sua sorte com a deles não poderia ser mais incisivamente expressa do que no seu compartilhar do modo de habitação deles. Mais adiante, os materiais usados na construção da tenda tinham de vir da oferta voluntária do povo, a fim de simbolizar que eles desejavam que seu Deus habitasse entre eles. Mais precisamente, o intercurso religioso é definido em ainda outro nome da tenda: ohel mo’ed, “tenda do encontro”. O encontro não se refere ao ajuntamento do povo, mas ao encontro de Yahweh com o povo. Aqui, mais uma vez, curiosamente, a Septuaginta e a Vulgata, antecipando o próximo nome, traduziram como “a tenda do testemunho”; mas, nesse caso, as versões inglesas não as seguiram. A palavra que é traduzida como “encontro” não designa um encontro acidental, mas algo arranjado previamente. Isso implica que Yahweh faz a provisão e determina o tempo para estar com o seu povo. A ideia é importante porque ela é uma das indicações de que um intercurso consciente entre Deus e o homem é o que caracteriza a religião bíblica [Êx 29.42,43; Am 3.3],

O terceiro nome já mencionado, “tenda do testemunho”, ‘ohel haeduth, mostra que o ajuntamento é para a comunicação de pensamento. Testemunho é um nome para a Lei. A Lei estava presente, e, por meio dela, um testemunho perpétuo de Yahweh, no Decálogo, colocado dentro da arca do testemunho. Ele estava presente também no livro contendo a Lei como um todo, que era posto ao lado (não dentro) da arca [Dt 31.26], Porém, enquanto que o “testemunho” é um sinônimo para a Lei, ele é também um sinônimo para berith, e seu propósito deverá ser determinado em harmonia com isso. Ainda que seja, em parte, um testemunho contra Israel [Dt 31.26,27], no todo ele deve ser um testemunho em seu favor; ele enfatiza, nessa relação, a natureza graciosa e redentora da revelação de Deus a Israel: Salmos 78.5 e 119 (passim).

A MAJESTADE E A SANTIDADE DE DEUS

Enquanto que tudo isso enfatiza a natureza condescendente e amigável da aproximação de Yahweh e habitação com seu povo, trazendo, por assim dizer, um eco das misericórdias do período abraâmico, todavia há outro lado que foi desenvolvido apenas parcialmente durante o período patriarcal. O tabernáculo tem, ainda, outro nome. Ele é “um lugar santo”, “um santuário”, Mikdash. É um tanto quanto difícil entender o peso e a abrangência desse termo, porque, no uso do Novo Testamento, o conceito de “santidade” havia sido mais ou menos estreitado e monopolizado pelo sentido ético. A aplicação mais antiga, da qual surge a aplicação ética, denota a majestade, o distanciamento de Deus, não, porém, como algo arbitrariamente assumido ou mantido, mas como algo inerente e inseparável da natureza divina. Alguém pode quase dizer que a santidade de Deus é sua divindade específica, aquilo que o separa de cada criatura, como distinto em lugar e honra.

O estado mental da criatura ao responder a isso é o sentimento de profunda reverência e temor. O efeito pode ser melhor visto num contexto tal qual o de Isaías 6. Ele está mais em evidência na revelação e religião do Antigo Testamento do que no Novo Testamento, apesar de que, quanto ao último, é suficiente dizer que a tendência da religião moderna em enfatizar exclusivamente o amor de Deus é injustificada [cf. ljo 4.18]. A admiração ou temor inspirados pela santidade de Yahweh não é primeiramente por causa do senso de pecado. Existe algo mais profundo por trás desse sentimento, ainda que a consciência de pecado seja atiçada e intensificada pelo sentimento desse fator mais profundo. Uma comparação entre os serafins, que experimentam somente o senso da majestade de Yahweh, mas sem pecado, e o do profeta, que tem ambos, é bastante instrutivo [Is 6]. A característica de santuário do tabernáculo expressa ambos os elementos da ideia. O povo, ainda que sob o favor de Deus, deve, entretanto, permanecer a distância. Na verdade, estão confinados à área externa e excluídos do tabernáculo propriamente dito. Somente os sacerdotes podiam entrar, mas isso em razão da necessidade de sua ministração lá dentro, não porque eles estão fora do alcance da santidade divina no seu efeito excludente. Mesmo a expiação que acontece continuamente e por meio da qual a desqualificação ética é, em certa medida, removida, não pode anular esse princípio anterior de que uma distância apropriada deve ser mantida entre Deus e o homem.

A coexistência desses dois elementos, o da aproximação confiante de Deus e o da reverência pela majestade divina, é característica ao longo de toda religião bíblica. Isso permanece mesmo na atitude exemplificada por Jesus, pois se ele nos ensina a nos dirigirmos a Deus como Pai, ele imediatamente acrescenta a isso a qualificação “nos céus”, a fim de que o amor e a confiança para com Deus não caiam ao nível de uma familiaridade irreligiosa com Deus. Especialmente a presença dos cherubhim sobre a arca no Santo dos santos dá uma expressão sublime do aspecto da realeza da santidade divina. Esses cherubhim são assistentes do trono de Deus, não “anjos” no sentido específico da palavra, pois os anjos têm de se deslocar e entregar mensagens, enquanto que os cherubhim não podem deixar as imediações do trono, onde eles têm de dar expressão à majestade real de Yahweh, tanto com sua presença como com seus louvores incessantes [Is 6.3; Ap 4.8,9], O segundo aspecto, com um colorido mais ético, da ideia de santidade é exibido da mesma maneira no tabernáculo. Ele é responsável, em parte, como já dito, pela exclusividade observada. Positivamente, ele encontra expressão nas exigências de pureza dos sacerdotes e na contínua expiação da qual o tabernáculo é a cena.

O LUGAR DA ADORAÇÃO

Ainda outra aplicação da ideia da presença de Yahweh no tabernáculo: esse é o lugar no qual o povo oferece sua adoração a Deus. Esse é o palácio do Rei no qual o povo presta deferência a ele. Essa característica pertence mais particularmente ao “lugar santo”, onde isso está simbolizado nas três peças de mobília colocadas lá: o altar de incenso, a mesa dos pães da proposição (a Deidade em revelação) e o candelabro. O incenso é para a oração. O simbolismo está parcialmente na fumaça que é, por assim dizer, a quintessência refinada da oferta, e, parcialmente, no movimento ascendente da mesma. O altar do incenso colocado como o mais próximo da cortina antes do “Santo dos santos” significa a especificidade religiosa da oração para se chegar mais perto do coração de Deus. A oferta era de caráter perpétuo. A noção do cheiro do incenso queimado agradável às narinas de Yahweh é de alguma maneira distante do gosto próprio da nossa imaginação religiosa, mas que não deveria ser negligenciada por causa disso, uma vez que ela não é, nem nos mínimos detalhes, tida como inapropriada para o senso hebreu de religião. A mesa dos pães da proposição [Ex 25.30; Lv 24.5-8] representa uma oferta de carne e uma libação. Com o será demonstrado no nosso estudo da Lei sacrificial, essa é a classe de ofertas que simbolizam a consagração das atividades da vida a Deus. O que o candelabro representa, precisamente, não é tão fácil de determinar. A oferenda dele deve ser algo em sintonia com os outros dois – oração e oferta de boas obras de Israel mas o problema é descobrir em quê ele difere desses dois últimos. Em relação com Zacarias 4.2ss. e Apocalipse 1.20, pode-se deduzir nisso a intenção de mostrar que as boas obras da congregação refletem sobre aqueles que não as têm e assim resultar na atribuição do louvor a Deus [M t 5.14]. A luz talvez tenha mais associações simbólicas na Escritura do que qualquer elemento natural. Ela figura significativamente em todas as três esferas de manifestação religiosa. Ela aparece como a luz do conhecimento, a luz da santidade, como a luz do regozijo.

Essas várias coisas eram simbolizadas no tabernáculo em estreita dependência da habitação de Yahweh lá. O caráter simbólico, contudo, não deve ser entendido com o puramente simbólico, excluindo-se o elemento de eficácia real. Havia em todos eles um uso sacramental; eles eram meios de graça reais. Por essa razão, a questão se torna interessante sobre como a presença divina no tabernáculo deve ser entendida. Isso era uma coisa simbólica ou, pelo menos, uma coisa puramente espiritual, ou ela estava incorporada em alguma manifestação sobrenatural real? Esse é o problema da assim chamada Shekinah. Desde tempos bem antigos, uma visão realística a esse respeito tem prevalecido entre teólogos judeus e cristãos. Em 1683, Vitringa abandonou essa verdade venerável e a substituiu pela crença numa presença puramente espiritual e invisível. Ele fez isso com base numa exegese modificada de Levítico 16.2, uma passagem que servia naquele tempo para dar suporte à interpretação realista. Sua opinião era que a “nuvem” da qual o versículo fala era uma nuvem de incenso, que seria produzida pelo sumo sacerdote, e não uma nuvem teofânica de caráter sobrenatural. As pessoas naquele tempo eram bem sensíveis a essa questão da sobrenaturalidade e essa inovação exegética, inocente na superfície, resultou em tamanho protesto que Vitringa se retratou de sua proposta e retornou à antiga visão. Mais ou menos na metade do século 18, a controvérsia foi reavivada e, dessa vez, a opinião antirrealista prevaleceu. Desde os primeiros 25 anos do século 19, a visão realista tem encontrado novos defensores, mas algumas das objeções levantadas anteriormente contra ela eram tão fortes que impuseram peso suficiente sobre o ar rarefeito do “sobrenaturalismo” daqueles dias, de modo a se chegar num acordo. Pensava-se agora que a glória divina estava de fato presente por meio de uma manifestação sobrenatural no lugar santíssimo, mas que ela não residia lá continuamente, estando confinada à ocasião anual da entrada do sumo sacerdote naquele lugar.

É evidente que as opiniões nessa matéria foram influenciadas mais por predisposição teológica do que por evidência exegética. Vitringa parece ter sido quase que o único que se aproximou da questão com uma mente exegética imparcial. Sua exegese de Levítico 16.2 é, todavia, insustentável. Ela repousa na identificação da nuvem nos versículos 2 e 13. Essa equação é infundada, pois a mera ocorrência da frase idêntica “para que não morra”, em ambos os versículos, em vista da relação totalmente diferente, não basta para prová-la. O significado do versículo 2 é: Arão não pode adentrar o véu todas as vezes; se o fizer fora do tempo determinado, ele se expõe ao perigo de morte, porque lá dentro está uma manifestação da presença de Yahweh incorporada na nuvem. A advertência “para que não morra” é ocasionada pela presença da nuvem. No versículo 13, Arão é advertido que, quando entrar, ele não deve entrar sem se cobrir com a nuvem de incenso, porque a negligência em fazê-lo o exporia ao perigo de morte. A advertência “para que não morra” é dirigida para a produção de uma nuvem artificial de incenso. Além disso, observaremos que se fala sobre “a nuvem” no versículo 2 e “uma nuvem” no versículo 13. “A nuvem” deve significar a tão bem conhecida nuvem de que se fala previamente na História. Essa só pode ser a nuvem que acompanhou o povo em suas jornadas, ou seja, a nuvem sobrenatural e teofânica. A nuvem de incenso nunca havia sido mencionada antes na narrativa; portanto, no versículo 13, “uma nuvem” é que é indicada. Onde quer que no Antigo Testamento os termos “nuvem” e “aparição” ocorram juntos, a referência é sempre à nuvem teofânica. A construção do versículo 2 deve ser forçada ao máximo para fazer que fale de uma nuvem de incenso e a necessidade de produzi-la. Na ocasião da inauguração do tabernáculo e do templo, é afirmado, distintamente, que a glória divina entrou no santuário [Êx 40.34,35; lR s 8.10-12].

E verdade que em ambas ocasiões a glória deve ter sido, subsequentemente, retirada, pois os sacerdotes, que não podiam servir inicialmente por causa de sua presença, posteriormente serviram de novo. Mas também não é declarado que a glória se retirou totalmente, não permanecendo nenhuma parte dela. N o fim de tudo, a última suposição é a mais natural. Ezequiel relata que, no tempo do cativeiro, ele viu a glória de Yahweh partindo do templo [10.18; 11.23], Ageu deduz que no templo pós-exílico alguma coisa estava faltando em com ­ paração com o templo de Salomão [2.7], Os salmistas falam do santuário em termos que indicam que ele e a glória pertencem um ao outro [63.2]. E para corroborar tudo isso, temos o testemunho de Paulo, que menciona a “glória” doxa entre os grandes privilégios que distinguiam Israel [Rm 9.4; cf. também At 7.2; Ap 15.8; 21.11,23],

O tabernáculo, então, representava não meramente de maneira simbólica a habitação de Deus em Israel; mas, na verdade, ele a continha. Assim, devemos inquirir mais particularmente se ele era a casa de Yahweh exclusivamente ou a casa conjunta dele e do povo. A resposta correta para isso é que o tabernáculo é, em sua inteireza, a casa de Yahweh. Não há dois aposentos, um para Deus e um para o povo, pois o lugar santo, não menos do que o Santo dos santos, é o lugar que Deus possui sozinho. A o mesmo tempo deve ser mantido que o povo é recebido na casa de Deus como seus convidados. Isso não ter sido cumprido literalmente no Antigo Testamento, mas apenas simbolicamente, não altera o fato. Essa função de se enfatizar a pecaminosidade do povo e a natureza provisória de sua santificação por enquanto só podia ser expressa simbolicamente, mas o pensamento estava lá, não obstante, como um ideal. Com o um privilégio ideal, isso pertencia a cada israelita [SI 15; 24; 27]. Se o tabernáculo simbolizava a habitação celestial de Deus, e o destino ideal do povo de Deus sempre foi o de ser recebido por ele na comunhão mais perfeita lá, então deve ter havido pelo menos um reflexo e um prenúncio disso no tabernáculo. De conformidade com esse princípio, os nomes dados ao palácio celestial de Deus e ao santuário terreno são idênticos. Maon, hekhal, zebhul são usados indiscriminadamente para ambos. O ponto levantado não é sem relevância teológica. Ele tOca a questão sobre a natureza da religião e o papel desempenhado nela por Deus e pelo homem respectivamente. Na comunhão pactuai ideal retratada aqui, o fator totalmente controlador é o divino. O homem aparece como quem é admitido, ajustado e subordinado à vida de Deus. A piedade bíblica é centrada em Deus.

CRISTO É O ANTITIPO DO TABERNÁCULO

A importância típica do tabernáculo deveria ser buscada em estreita dependência de sua importância simbólica. Devemos perguntar: onde esses princípios e realidades religiosas, que o tabernáculo serviu para ensinar e comunicar, reaparecem na história subsequente da redenção, sendo elevados ao seu estado consumado? Primeiro, nós os descobrimos no Cristo glorificado. O evangelista fala disso [Jo 1.14]. O Verbo encarnado é aquele em quem Deus veio para tabernacular entre os homens a fim de revelar sua graça e glória para eles. Em João 2.19-22, o próprio Jesus prediz que o templo do Antigo Testamento, que seus inimigos por sua atitude com relação a ele, estão virtualmente destruindo, ele o reconstruirá de novo em três dias, ou seja, por meio da ressurreição. Isso afirma a continuidade entre o santuário do Antigo Testamento e sua pessoa glorificada. Nele será para sempre perpetuado tudo o que o tabernáculo e o templo representaram. A estrutura de pedra pode desaparecer; a essência demonstra ser eterna. Em Colossenses 2.9, Paulo ensina que nele habita corporalmente a plenitude da divindade. Essas passagens devem ser comparadas com as palavras de Jesus para Natanael [Jo 1.51], nas quais ele encontra em si mesmo o cumprimento daquilo que Jacó chamou de casa de Deus, o portão dos céus. Em todos esses casos, a habitação de Deus em Cristo serve para os mesmos propósitos que o tabernáculo mosaico serviu provisoriamente. Ele, como o tabernáculo antitípico, é revelatório e sacramental no mais alto grau.

—- Retirado de: Geerhardus Vos – Teologia Bíblica – Antigo e Novo Testamento.

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