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ISAQUE

A história de Isaque começa quando Abraão tinha cem anos de idade (Gn 21.5). Isso ressalta que o nascimento do filho se deve à promessa de Deus, impossível de ser cumprida por meios puramente naturais. Isaque é um presente da graça, e o seu nascimento de pais tão velhos representa o elemento sobrenatural no nascimento do povo da aliança. Contra todas as expectativas naturais, Deus se mostra absolutamente fiel a suas promessas. Abraão tenta contornar a dificuldade de estar velho e sem filhos gerando filhos com a serva Hagar e outras mulheres. Contudo, Isaque é o escolhido de Deus, e Abraão não pode mudar isso. O desafio mais importante à confiança de Abraão no Deus da aliança surge na exigência de que ele ofereça o menino como sacrifício. Se Isaque morresse no sacrifício, como as promessas seriam cumpridas nele? De fato, ele não morreu, e Deus proveu um sacrifício substituto na forma de um carneiro preso em um arbusto. A oferta de sacrifícios remonta a Caim e Abel, e a primeira menção de um altar é na chegada de Abraão a Canaã (12.7). Pouco se diz para explicar o significado dos sacrifícios como restauração da comunhão com Deus. A narrativa de Isaque como oferta de sacrifício implica o princípio do substituto, e esse princípio ficará mais claro com o progresso da revelação.

O longo relato do servo de Abraão que vai em busca de uma esposa para Isaque dentre a parentela na Mesopotâmia é evidentemente necessário segundo os termos da aliança (24.1-7). Isaque precisa aprender que as promessas feitas a seu pai agora recaem sobre ele. Após a morte de Abraão, ocorre outra fome na terra. Isaque é advertido a não deixar a Terra Prometida e tem novamente a garantia de que os seus descendentes tomarão posse dela (26.1-6). Naquela parte da terra há filisteus, e Isaque usa do mesmo artifício ímpio que Abraão usou, negando que Rebeca é sua esposa (26.7-16). A narrativa nos dá bem poucos detalhes da vida de Isaque, e temos de inferir disso que sua principal importância se vê na repetição das promessas da aliança a ele e no fato de ser ele próprio a prova viva da fidelidade de Deus às promessas feitas a Abraão.

Isaque: é apresentado como o descendente de Abraão por meio de quem as promessas de Deus se realizarão. Seu nascimento demonstra a fidelidade de Deus a essas promessas.

—- Retirado de Graeme Goldsworthy – Introdução à teologia bíblica

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