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A Tragédia da Humanidade

a tragédia da humanidade, a queda do homem, o pecado original, a depravação total

Em um primeiro momento, poderíamos achar que Deus é injusto por punir a humanidade pelos seus pecados, visto que as pessoas nascem espiritualmente cegas e sem poder próprio para escapar da maldade que há em seus corações. A cegueira do incrédulo é a situação em que ele nasce. Nós nascemos assim. A raça humana, desde o pecado de Adão, está afastada de Deus por natureza. Entretanto, isso é apenas consequência natural da humanidade sem Deus. Ou seja, a humanidade condenada é apenas uma escolha feita por ela mesma. Nenhum homem jamais foi até Deus por vontade própria (Rm 3:12). Além de chamar o homem em sua condição natural de cego, a Bíblia também o chama de “escravo do pecado”. Ninguém escolhe fazer o bem por decisão pessoal antes de ser transformado por Jesus. As pessoas não desejam buscar o bem, elas desejam buscar apenas o que é bom para elas. É por isso que, na Bíblia, ser escravo do pecado não é uma situação involuntária, mas uma condição que mostra como naturalmente as pessoas amam o pecado e odeiam a Deus (Tt 3:3; Rm 6:19).

O maior dilema da humanidade é se Deus existe ou não, pois se Ele existe, há uma maneira certa de viver. O problema é que, segundo a Bíblia, todo homem sabe que Deus existe, porque a própria natureza revela que há um Criador (Rm 1:20). Biblicamente falando, o próprio Universo é uma pregação. O cosmos proclama muita coisa sobre a pessoa e obra de Deus (Sl 19:1-4). A tentativa da humanidade de explicar as coisas cientificamente não tem mostrado o contrário. Na verdade, tem apenas detalhado quão perfeita é a Criação e a maestria do seu Criador. No entanto, as pessoas simplesmente negam o que está diante de seus olhos e rejeitam qualquer noção de Deus que percebam. Elas fazem isso naturalmente (Rm 1:21). E isso não é tudo. Além disso, a Bíblia diz que a Lei de Deus está gravada no coração dos homens (Rm 2:15). É por isso que todas as civilizações têm tantas leis, parâmetros éticos e princípios morais tão parecidos em muitos assuntos. A consciência acusa quando fazemos coisas erradas, de forma que o homem pode rejeitar a Deus, mas ele sempre sabe que está em rebelião contra Ele. Mas ele também pode ser teimoso e ignorar os avisos (Rm 2:5).

Entretanto, não são todos que ignoram os sinais do Criador na natureza e sua Lei em seus corações. A prova disso são as incontáveis religiões pelo mundo. Sem quem o próprio Deus revele de si para o homem, o homem atribui traços de corrupção, desordem e conflito percebidos na criação ao Criador. Assim, a revelação natural é suficiente apenas para gerar uma religião natural, moldada de acordo com o homem natural. Por isso, o homem faz inúmeras imagens distorcidas da divindade e, muitas vezes, a adora assim mesmo. É daí que surgem as religiões, as filosofias e ideologias. Todo homem, por mais que rejeite a divindade, tem seus próprios ídolos. O homem, por conta própria, além de não conseguir conhecer a Deus pela natureza, ainda pode confundir o Criador com a criação (panteísmo), isolar o Criador da criação (deísmo), dar-se por satisfeito com a criação (naturalismo) ou de fato rejeitar o Criador (ateísmo).

Por causa do pecado, Deus se afastou da raça humana e a revelação natural passou a não ser mais suficiente para que pudesse saber como se relacionar com Deus. Isso significa que o homem, por si só, não é capaz de encontrar a Deus ou mesmo de conhecê-lo. Ainda que a luz da natureza e as obras da natureza manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, elas não são suficientes para dar ao homem conhecimento de Deus e da sua vontade suficientes para a salvação (Rm 1:19,20; 1Co 2:9-14). 

Por isso, em todos os casos, o homem natural é indesculpável. Ele não é injustamente culpado, mas culpado por se recusar a andar conforme seus próprios caminhos, rejeitando o grau de revelação que recebeu, se entregando arrogantemente a todo tipo de impiedade. A revelação natural é, portanto, suficiente para condenar, mas não para salvar, pois ela prova que Deus existe e que nós somos pecadores (Rm 1:19-21,32).

infográfico – tragédia humana

É por isso que pessoas só podem ser salvas pela Revelação Especial de Deus que foi feita justamente com esse propósito. É por isso também que evangelizar é uma necessidade lógica para haver salvação.

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Romanos 1:16).

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