Menu fechado

Hermenêutica Contemporânea à Luz da Igreja Primitiva – RESENHA

O livro de David Dockery só compensa se lido por quem ainda não leu nada a respeito das escolas hermenêuticas da igreja antiga.

Dockery não apresenta nenhum insight pessoal interessante, trazendo, basicamente, informações históricas das diferentes escolas de interpretação, com um único diferencial (do que se encontra em geral, não em absoluto): ele descreve em detalhes o tipo de abordagem hermenêutica e exegética de cada um dos pais da igreja.

Além dos pais da igreja, o autor cita vários gnósticos que raramente encontramos sendo estudados; cita suas heresias, antecedentes e importância histórica.

Daí, ele avança para os períodos posteriores. E não entra diretamente. Ao contrário, entra bem lentamente, com mais apanhados históricos, voltando para Agostinho, passando por Bernardo de Claraval, Nicolau de Lira e Tomás de Aquino, até chegar em Lutero e Calvino.

Depois de passar pela hermenêutica da Reforma e da pós-Reforma, o autor vai para a hermenêutica moderna, começando por Schleiermacher e, tratando de sua hermenêutica existencialista, cita Husserl, Wittgenstein, Heidegger, Bultmann, Barth e Gadamer.

Apenas lá para o final do livro, na sua última seção, ele realmente entra no que se presume que seria o centro do livro, pelo seu título: a hermenêutica contemporânea.

Nessa seção final, ainda sem insights autorais, Dockery fala sobre a perspectiva orientada ao autor, ao leitor e ao texto; depois faz uma revisão sobre as abordagens textual, canônica e confessional.

É claro que para quem nunca leu a respeito, terá neste livro uma grande ajuda. O livro contém informações basilares bastante úteis para qualquer intérprete das Escrituras.

Artigos relacionados