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A TENSÃO DO ENREDO DA IGREJA E SUA RESOLUÇÃO

A história e o simbolismo da Bíblia ensinam a igreja a compreender quem ela é, o que ela enfrenta, e como ela deve viver, enquanto anseia pela vinda de seu Rei e Senhor. Isso deveria ser fácil, não é? O que é difícil em sermos noiva e corpo de Cristo? O que é difícil em ser família de Deus, o templo do Espírito Santo? Esta jornada por terras estéreis, no caminho para o novo céu e nova terra, não deveria ser uma expedição livre de riscos e com garantia de segurança? Não deveria ser algo emocionante, ainda que como um passeio na montanha-russa — assustador, mas seguro?

A IDENTIDADE DA IGREJA NA HISTÓRIA

A igreja é um grupo de crentes batizados em Jesus, certo? Seres humanos. São aqueles que creem, unidos numa só esperança no Senhor Jesus, partilhando uma só fé, tendo experimentado o mesmo batismo, e adorando um só Deus pelo poder do mesmo Espírito (cf. Ef 4.4-6). Seguindo o precedente do Antigo Testamento, de falar metaforicamente das pessoas de Deus, Jesus e os apóstolos falavam metaforicamente sobre a igreja. As metáforas identificam as coisas com aquilo que elas não são. O propósito da metáfora é capturar a verdade sobre a coisa que é “metaforada”. Assim, Deus não é uma pedra, mas a verdade de que Deus é estável, imutável, sólida, confiável e é comunicada quando dizemos: “O Senhor é minha rocha” (Sl 18.). Jesus e seus apóstolos também usaram metáforas para comunicar a verdade sobre a igreja.

A noiva de Cristo e a teologia bíblica

Ninguém sabe o que aconteceu com a mãe. A bebezinha foi encontrada em seu sangue. O bondoso pai que a encontrou — não seu pai natural — literalmente deu-lhe vida. Quando foi encontrada a criança, o cordão umbilical ainda não tinha sido cortado e o sangue do nascimento não fora lavado. O pai proveu tudo o que era necessário, e a criança foi adotada e criada em ambiente seguro e cheio de amor. O pai que a encontrou começou a fazer planos para ela ser noiva do seu próprio filho.

TIPOLOGIA

Tudo descrito nestes capítulos sobre simbolismo está relacionado, pelo menos levemente, à tipologia bíblica. O dilúvio é um tipo, como é a destruição do templo. Eu me referi a esses como sendo “imagens”, principalmente por sua semelhança ao imaginário de árvore que temos na Bíblia. Mas, mesmo que o imaginário de árvore seja usado como resumo e explanação da história da Bíblia, uma árvore não pode ser considerada um tipo.