É comum encontrarmos igrejas inteiras com uma cultura de oposição à teologia séria. Porém, até mesmo para usar esse versículo fora de contexto foi necessário muita teologia séria, muito estudo, muito temor e muita dedicação de incontáveis teólogos e estudiosos. A prática do mundo real simplesmente contraria a falta de lógica dos néscios, preguiçosos e “super espirituais”.
O que significa “a letra mata, mas o Espírito vivifica”?
A “letra” aqui não é o conhecimento bíblico, mas a Lei. Não estamos debaixo da Lei, ou seja, não nos comportamos em torno do que “pode ou não pode”, mas de acordo com o Espírito que habita em nós, para a glória de Deus. A vida cristã não é uma lista de regras; quem governa nossos atos não é uma lista, mas o próprio Espírito!
A passagem citada está em 2Coríntios 3:6, e o versículo completo raramente é lembrado: “Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra (lei), mas do Espírito; pois a letra (lei) mata, mas o Espírito vivifica”.
É claro que o Espírito nos ensina através de sua Palavra inteira, até mesmo nos fazendo refletir sobre os mandamentos e as obrigações da Antiga Aliança, pois “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça” (2Tm 3:16).
A diferença é que não baseamos nossos atos numa lista de afazeres, ou de permissões e proibições, mas em nossa gratidão pelo Senhor da nossa salvação. Vivemos para Deus, e é essa a ideia que molda a nossa mentalidade e nos motiva.
CONCLUSÃO
O nível de santidade exigido de nós é altíssimo. Você não precisa (e não pode) imaginar que criar novas regras irá facilitar no entendimento dos irmãos. Pelo contrário: use a estratégia de Deus. Confie no Espírito Santo que já está dentro dos irmãos. Confie na santidade dos ensinos de Jesus e dos apóstolos.
Os irmãos não precisam de alguém que gerencie suas vidas; eles precisam receber ajuda, não de um mecânico procurando o que consertar. Pastor não é mecânico.
