Por Felipe Moura.
O presbítero à senhora eleita e aos seus filhos, a quem eu amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade (2 João 1:1)
Não faz tanto tempo que o debate político se agigantou no contexto da igreja, apesar de que a situação da política brasileira já não anda bem das pernas há anos.
O apoio de líderes religiosos a alguns políticos sempre foi alvo de questionamento. Primeiro, porque não devemos confiar em políticos. Segundo, a influência que a igreja deve exercer não é por meio do mau uso do púlpito — fazendo campanha, cedendo para pronunciamentos de candidatos.
Tampouco os cristãos são chamados a exercerem domínio sobre a vontade de qualquer pessoa.
O desafio que os cristãos tem hoje é de preservar a unidade da igreja de Cristo. Aparentemente tememos que nosso irmão fique chateado com nossa correção, quando na verdade essa deve ser uma ação comum, para o crescimento e amadurecimento dos irmãos.
Nem sempre é fácil fazê-lo, mas seguindo o conselho de Provérbios: “Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio, e ele te amará.” Pv 9.8
A correção e a repreensão são necessárias porque são meios que Deus escolheu para que os crentes permaneçam na verdade. Aqui não considero como crentes aqueles que fazem da igreja palanque para políticos — a estes considero como escarnecedores.
E, irmãos, existe algo muito maior do que mera divergência de opiniões. O que precisamos considerar, acima disso, é que a verdade é comum entre os filhos de Deus — a verdade permanece em nós e é ela que nos une.
A vontade de Deus é que andemos na verdade, isto é, que confessemos a verdade da Palavra de Deus e vivamos em conformidade com essa palavra. E já vimos, especialmente através do apóstolo João, que devemos amar ao nosso irmão.
Mas por que isso? Porque não somente é possível como tanto é comum que alguém defenda a verdade e não demonstre amor ao próximo.
A igreja deve sim defender a verdade de Cristo, mas também deve ser una — e o que une a igreja de Cristo é a verdade e o amor que vem de Deus e enche os corações dos filhos de Deus.
Devemos ter cuidado para não perdermos aquilo que trabalhamos para ter — a comunhão. Que o amor de Deus e a verdade da sua Palavra estejam no centro das nossas vidas, e que quaisquer outras coisas não sejam barreiras para a nossa união.
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