O autor deste livro, Vilson Scholz, é um dos maiores especialistas do Grego que temos no Brasil. Seu livro tem um tom acadêmico que, curiosamente, é facílimo de ler e compreender. Eis abaixo um resumo dos tópicos abordados:
O capítulo 1 trata da Bíblia como objeto de estudo e do intérprete e seus limites. A Bíblia é levada a sério como Palavra de Deus, inspirada, inerrante e autoritativa.
O capítulo 2 é sobre a formação do cânon, seguido do capítulo 3, sobre o Antigo Testamento, sua fontes e edições. O capítulo 4 fala sobre a crítica textual e o Novo Testamento, enquanto o capítulo 5 fala das traduções.
No capítulo 7, o autor faz uma interessante distinção entre quatro níveis de análise do texto: o nível sintático, nível semântico, o nível pragmático e o nível canônico (ou teológico).
O capítulo 8, sobre método de interpretação, resume o trabalho exegético à tradução. Ele ensina como delimitar o texto, determinar seu gênero, estabelecer a crítica textual no texto original, e aí sim, analisar a semântica, a sintaxe e sugerir uma tradução. O contexto histórico e teológico também são abordados, antes do autor tratar da questão retórica.
No capítulo 9, Vilson entra em questões mais complexas: a dimensão linguística da Bíblia. Apesar da complexidade dos itens abordados, como o eixo diacrônico e o eixo sincrônico, ou o eixo sintagmático e o paradigmático, tudo torna-se de fácil compreensão da forma que foi exposto.
Não tenha receio de ler o livro!
O capítulo 10 traz uma excelente explicação sobre o tema central da Bíblia, que é o Cristo.
O capítulo 11 é especificamente sobre a dimensão pragmática da Bíblia, começando pela teoria dos atos de fala, com uma explicação bastante completa.
O capítulo 12 introduz a questão dos gêneros literários da Bíblia, que são tratados um a um nos capítulos posteriores, até o capítulo 17, que é o último.