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A Riqueza, o dinheiro, o testemunho

libertarianismo cristão

Por Lucas Rosalem.

Hoje, lendo a carta de Tiago, eu fiquei muito surpreso.

Você já parou para pensar que ter muito dinheiro não é o mesmo que possuir riqueza?

Eu não estou falando sobre questões espirituais, onde isso seria ainda mais claro. Estou falando de riqueza material. Veja: ter dinheiro não é ser rico, é apenas ter poder aquisitivo. Sim, pois o dinheiro (estatal) não é riqueza, ele compra riqueza: o dinheiro é um meio de troca para serviços e bens de consumo.

Pense um pouco: se você tiver um trilhão de dólares em uma maleta, mas estiver isolado com essa maleta em uma ilha deserta, você é mais pobre que qualquer morador das favelas do Rio de Janeiro.

O que é riqueza material? É desfrutar dos bens e serviços que você quiser.

É por isso que imprimir muito dinheiro e jogar de avião não resolveria o problema da miséria no mundo: imprimir dinheiro não muda a quantidade de bens e serviços que estão disponíveis a baixo custo. É por isso também que o que mais tem aumentado no mundo sempre e sempre é a velocidade da produção de comida e todos os outros recursos que as pessoas precisam. Ou seja, a humanidade precisa produzir mais se quiser reduzir a escassez.

Obviamente, se muita gente está dando dinheiro a uma empresa porque essa empresa produz muito bem o que muita gente precisa, é natural que o dono da empresa fique rico. Isso é justo e é bastante coerente com a maneira bíblica de trabalhar. Mas isso não significa que não haja outras maneiras de ficar rico ou de conseguir muito dinheiro. Tem sim outra maneira: roubando, sugando, enganando. E será que existe um grupo de ricos que nunca ofereceu emprego, nem produção de bens e serviços, crescendo financeiramente apenas às custas do dinheiro dos outros? Tem sim: os políticos.

Tire da sua mente, por um instante, qualquer personagem heroico da política que você possa me dizer “ah, mas tem exceções”, pois eu não estou falando de exceções, mas DA REGRA.

Políticos não produzem riqueza; eles apenas enriquecem dizendo que vão fazer leis que proíbam isso ou aquilo, de acordo com a vontade ditatorial dos grupos que os colocaram no poder. Isso é, especificamente, a política.

Pense, agora, no problema que o Brasil e vários outros países estão passando, em que os políticos continuam travando discussões ideológicas enquanto uma desgraça abate o povo. Pense na perseguição política, seja ideológica ou religiosa, que desde o início das monarquias até este nosso período de repúblicas democráticas ou parlamentarismo, tem acometido pessoas que não ofenderam ninguém e não causaram mal a ninguém, a não ser ao “orgulho estatal”. Pensou? Pois bem.

Hoje, lendo o último capítulo da carta de Tiago, eu percebi que nunca tinha lido uma passagem tão encaixada com a vida dos políticos. Leia atentamente:

“Tendes vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência” (Tiago 5:5,6).

Então, não há solução?

Bom, depende do que você imagina que seja uma solução. Para os cristãos, a esperança é escatológica: está nas coisas vindouras, muito além desta vida. É claro que você pode se manifestar, pode tentar fazer algo a respeito. Contudo, para alinhar essas duas coisas (a esperança escatológica e o senso de responsabilidade) você precisa necessariamente abandonar a ideia de tentar mudar as coisas pela mesma via que só tem proporcionado ambiente para corrupções e imoralidades, sustentando gente que, em muitos casos, nunca trabalhou de verdade na vida, nunca produziu nada para a sociedade, e apenas vive dando canetadas mágicas fantasiando ter as soluções para os nossos problemas.

Pare de confiar no Estado. Pare de depositar nele a sua esperança.

Viva como cristão: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas” (v.7).

Mantenha-se firme, cumpra a sua missão, testemunhe de Cristo, faça o que for necessário, acuda o necessitado e espere pelo retorno do Rei!

“Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (v.8).

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