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Gerhard F. Hasel – Teologia do Antigo Testamento – RESENHA

Gerhard F. Hasel – Teologia Do Antigo Testamento.

Esse é um dos livros mais importantes que alguém pode ler sobre Teologia Bíblica (TB) ou sobre Teologia do Antigo Testamento (TAT), mais especificamente. Isso é verdade especialmente para novos teólogos ou pesquisadores que pensam em se aventurar por essa disciplina teológica tão complexa.

Um dos motivos é justamente a proposta do livro. O livro de Hasel não é uma Teologia Bíblica, mas um livro SOBRE Teologia Bíblica, de ponta a ponta – não só na introdução, que discorre sobre origem e desenvolvimento da Teologia do AT e, em seguida, sobre as questões relacionadas ao problema metodológico enfrentado pelos diversos autores.

Nesse material, o leitor encontra provavelmente todo o debate importante acadêmico sobre cada uma das grandes áreas discutidas sobre essa disciplina e que guia absolutamente todos os livros escritos nessas duas áreas (TB e TAT).

O autor traz de maneira muito clara e neutra as propostas, abordagens e falhas de todos os melhores autores (e outros não tão conhecidos) da área.

Pelos títulos dos capítulos, você pode ter uma ideia do rumo do debate que ele percorre: (1) Origens e Desenvolvimento da TAT, (2) O Problema da Metodologia, (3) A Questão da História, História da Tradição e História da Salvação, (4) O Centro e a Teologia do AT, (5) A Relação Entre os Testamentos, (6) Sugestões Essenciais Para se Elaborar uma Teologia do AT.

Talvez, o capítulo mais interessante, e que dá o tom de todo o resto, seja o 4, onde ele mostra a dificuldade por trás de se estabelecer o que nós chamaríamos hoje de “chave-hermenêutica” do AT, apontando detalhadamente cada proposta e, obviamente, suas limitações e implicações confessionais.

O livro se assemelha muito, em estrutura e proposta, de um trabalho de doutorado. E, como não poderia ser diferente, depois de uma longa e reveladora exposição dos inúmeros dilemas e diferentes posições nos campos estudados, o próprio autor encerra o livro no último capítulo (título na lista acima) com diretrizes que ele mesmo encontrou, dada a pesquisa, para uma boa Teologia do AT.

E o melhor de tudo: o trabalho nem consegue se fazer cansativo ao leitor, pois é minúsculo para o seu conteúdo: 121 páginas! Bom, isso se você encontrar a versão antiga, de 1987, pois não existe mais produção desse material desde que resolveram unir o que Hasel tinha a dizer sobre o AT, junto com o NT, num único volume – obra que totaliza mais de 500 páginas.

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